quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Never Ever Forget Me

Severus Snape observava de longe, o rosto era constantemente lavado por lágrimas que lentamente caiam de seus olhos, mas sentia que sua alma estava mais suja do que jamais fora um dia. Se não fosse por um simples mas impulsivo momento de ódio, sua amada não estaria sendo sepultada neste exato instante. Este dia seria um marco para o início do fim de sua vida.
Aos poucos algumas das pessoas que prestavam suas últimas lembranças à Lilian e James começavam a se afastar. “Para eles será fácil dormir nas próximas noites, nenhum deles é culpado pela morte dos dois, apenas eu e o Lorde.” Então, sem ser convidado, um sentimento de vingança começou a se apoderar da mente e do corpo daquele homem que se encontrava às margens. “E eu vou me vingar de quem? De mim mesmo?”
Sem se aperceber Snape foi caminhando lentamente pela grama morta do Cemitério até o túmulo do casal, os minutos se passavam enquanto as lágrimas em seus olhos se acumulavam, a ponto de começarem a escorrer novamente por seu rosto pálido, e não se importando mais se outros pudessem vê-lo Severus colocou delicadamente um lírio por sobre o túmulo de Lilian, e foi a passos lentos andando em direção à sua casa.
A noite era cortada apenas pelo vento frio que soprava vindo da direção do lago, ou ocasionalmente pelo pio de uma coruja, mas nada disso importa quando o coração está sobrecarregado de lembranças, que nunca poderiam ser esquecidas ou substituídas.
Severus precisou de um pouco de esforço para abrir a porta quando chegou em casa. O lugar estava inabitado desde quando começara a lecionar em Hogwarts dois anos antes e nunca pensara em retornar, mas agora era o lugar perfeito para lembrar e não pensar em mais nada.
O lugar estava empoeirado, fedia a coisas podres e havia infiltrações por todos os lugares. “Tudo bem, até melhor, é o que eu mereço por ter entregado a mulher que eu amava à morte. Droga, a mulher que eu amo.”
No quarto em um canto discreto havia um pequeno armário embutido, quase todo comido pelos cupins, mas que possuía todos seus pertences preferidos, entre eles estavam as cartas, fotos, divagações e todos os tipos de memórias que possuía de Lilian.
Flashs de um passado distante e feliz começaram a importunar o velho homem sentado no chão do quarto, seus olhos já estavam secos por ter chorado por tanto tempo, mas não ligava, o queria mesmo era fazer com que tudo acabasse, não teria mais razão para viver intensamente como antes agora que ela havia ido embora.
“Nunca mais irei expor meus sentimentos, nunca mais deixarei que alguém sofra por eles, nem que isso resulte em meu próprio sentimento. Nem nunca te esquecerei Lilian” .
Com esse pensamento Severus Snape adormeceu, indo para um lugar onde tudo poderia acontecer do jeito certo, onde nada ruim poderia acontecer e todos a quem amava ainda existiam.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Existe vida após a morte?

Eu não consigo mais me concentrar, eu vou tentar alguma coisa melhorar, é importante todos me dizem, mas nada me acontece como eu queria, estou perdido, sei que estou. Cego para ais, problemas no cotidiano, já não sei como resolver.

“Não pode ter acontecido!” Era a única coisa que Minerva McGonagall conseguia pensar, simplesmente não conseguia aceitar o fato de que ele estava morto, não depois de tudo o que havia acontecido, e o que ainda havia para acontecer.

Estou num leve desespero, que me leva, que me leva daqui. Então é outra noite num bar, um copo atrás do outro, procuro um trocado no bolso, dá pra me arranjar um cigarro?

Simplesmente Alvo Dumbledore não podia ter morrido pouco tempo depois de ter deixado sua sala dizendo que tudo daria certo e que logo estaria de volta.

Eu não consigo mais me concentrar, eu vou tentar alguma coisa pra melhorar, já estou vendo TV como companhia,estou num leve desespero que me leva, que me leva daqui.

Tudo o que sabia era que agora ele estava morto e que nada poderia fazer.

Talvez se você entendesse o que esta acontecendo, poderia me explicar? Eu não saio do meu canto, as paredes me impedem, só queria me divertir, as paredes me impedem, eu já estou vendo TV como companhia.

Lágrimas jorravam de seus olhos, lavando sua alma, e trazendo consigo lembranças que há muito haviam sido esquecidas.

Talvez se você entendesse o que esta acontecendo, poderia me explicar? Eu não saio do meu canto, as paredes me impedem, só queria me divertir, as paredes me impedem, eu já estou vendo TV como companhia.

Lampejos, do dia que se conheceram, do primeiro beijo, tudo o que queria era que esse passado voltasse, que seu Dumbledore lhe oferecesse mais um pote de sorvete de limão.

Estou num leve desespero, que me leva, que me leva daqui

Quando fora procurar uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts Minerva não imaginava que iria conseguir tão fácil, nem tampouco que o diretor seria um reles patrão.

Estou num leve desespero, que me leva, que me leva daqui

A porta se abre lentamente, ofuscado pela luz, a única coisa vista por Minerva é uma longa barba branca esvoaçante, então o plano não havia realmente fracassado, tanto sofrimento à toa. Ele estava ali!
Correu para a porta, e nada mais se pôde ver, devido a uma enorme fonte luz jorrada por uma fênix vermelha pousada na janela.
FIM

A Carta SS/HG

Olhando em volta, percebo que tudo é você, a neve fria como sua pele, o dia escuro como seus olhos, o cobertor acolhedor como seu abraço,o fogo quente como seu beijo.
Tudo me lembra você.
À noite sinto-me só, pois tudo me lembra que não estou mais com você, e sinto que não posso seguir em frente, mas quando olho para a lua vejo que mesmo onde esteja nunca saiu de onde deveria, meu coração, e você, Severus Snape, pode ter certeza, é o único que merece estar aqui.
Atenciosamente,
Sua amada,
Hermione Granger.

FIM

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Welcome!

Gente, comecei a postar hoje, dia 22/10/10, para ter um local para específico para minhas fics. Tentarei postar semanalmente,o que vai fazer com que eu continue exercitando minha escrita. Hoje vou ficando por aqui, fim de semana será corrido.
;D
See ya.

O dia que não terminou.


Algumas linhas de introdução: Irei contar a minha morte, mas não se assustem, a morte vem de várias maneiras, a minha veio, mas não me arrependo,e sinto que, de certo modo, não foi injusta, mas não nos atemos a esse fato, e sim aos que o antecederam que é o que importam, pois provam que morrendo com dignidade, nada mais é relevante.
-//-
Sete horas. Ouvi o barulho seco da batida na porta. Haviam chegado na hora marcada, como sempre.
 Tudo estava pronto, o jantar preparado, o salão decorado, os criados à disposição.
  Sentei-me na poltrona perto da lareira, enquanto meu o elfo doméstico abria a porta.
  Assim que todos entraram, levantei-me e a todos cumprimentei, tentando parecer ao máximo natural. Pedi ao elfo que fosse chamar Draco em seu quarto.
  –Como tem passado Narcisa? – perguntou Régulus, com um sorriso sincero no rosto.
  –Bem melhor sem aquele traste inútil, pode ter certeza. –comentou Bellatriz se aproximando do fogo.
  –Bella, controle-se! –vociferou Régulus.
  –Não importa Reg, já sei da opinião de minha irmã, e sei que isso não mudará. –falei, tentando ser o mais diplomata possível.
  Por sorte, nesse mesmo momento Draco descia as escadas, e pude levar todos para a sala de jantar.
  Sentia-me nervosa, era a primeira reunião de família desde que Lúcio morrera, e ainda não estava acostumada à idéia de ter que dirigir as reuniões.
  Depois que todos nos acomodamos nos assentos e o jantar foi servido, e por meia hora permanecemos em silêncio, cortado apenas por breves pedidos para passar uma ou outra tigela de comida, ou alguns cochichos entre Bellatriz e Régulus.
  Ao final da refeição pedi a todos que se dirigissem novamente à sala, que nos esperava com o fogo aceso, alguns copos de hidromel sobre a mesa central, e uma espessa neve que caia do outro lado da janela.
  Todos se acomodaram com um copo da bebida e olharam para mim, esperando.
  Engoli em seco. Tinha repassado mentalmente várias vezes o que iria dizer, tinha dito à mim mesma que tinha tomado um partido e que tudo iria dar certo, mas naquele momento tudo parecia uma mentira.
  Lúcio estava morto, sua família estava dividida, tudo estava pelo avesso, e eu sabia o que era certo e o que era errado, mas ao mesmo tempo sabia o que iria me deixar viver, e o que seria minha ruína.
  Limpei minha garganta e comecei:
 –Bom como vocês sabem, meu marido foi morto em uma missão do Lorde das Trevas, e agora, como eu era a pessoa mais próxima a ele, vocês esperam que eu me junte a esse mesmo senhor oficialmente, e que tome as rédeas da família.
  Nesse momento eu parei, um nó foi se formando cada vez mais na minha garganta, limpei-a novamente e continuei.
 Todos continuavam a me olhar, esperando que eu logo terminasse.
  –E era o que eu sabia que iria acontecer, e até esperava, até eu saber que Lúcio havia morrido. Eu sabia que aconteceria, mas o que não sabia, era que isso me afetaria diretamente, não nos negócios, mas no psicológico, e no sentimental, e há pouco percebi que não quero servir a ninguém que cause tanto sofrimento aos outros. Antes eu não ligava, mas porque antes eu não havia sentido o que outras famílias sentiram quando tiveram seus parentes arrancados...
  –Espera aí, para tudo. –Me interrompeu Bellatriz-Você está querendo dizer que não quer servir ao Lorde das Trevas por pena? Por que você acha que os outros sofrem demais?  Mas é isso que o Lorde faz, é isso que dá sentido a vida, ver a tortura, o sofrimento, é isso que alimenta a nós, Comensais da Morte, é disso que nós gostamos.
  –É exatamente por isso que eu não quero Bella, eu não sei se eu gosto tanto assim desse massacre.
  –COMO ASSIM NÃO GOSTA? NOSSA FAMILIA FOI CRIADA PARA SERVIR AO NOSSO LORDE! –sorte a minha de não ter vizinhos que pudessem ouvir os gritos de minha irmã.
  –Narcisa, pense com calma, acho que você está sendo precipitada por causa da morte de Lúcio, espere até esse luto passar, aí você perceberá o favor que nós fazemos ao mundo bruxo ao nos libertar desses sangues ruins.
  Draco, como que desperto pelos gritos da tia, olhava a toda volta, e aquela cena começava a me deixar nervosa. Eu sabia que eles não aceitariam a idéia, mas não tinha realmente pensado em como reagiriam.
  –E-eu não posso, não posso fazer isso. É como se tudo o que eu fiz, o que eu escondi pertencesse a uma vida marcada com névoa, como se o amor que eu sentia por Lúcio bloqueasse a minha idéia do certo e errado, mas agora que ele morreu, eu posso ver claramente, percebo que não vou conseguir viver desse modo.
  –Mãe, você não pode desistir agora, eles vão te matar! –Draco me olhava com os olhos cheios de medo. Sabia que ele não agüentaria a morte de outra pessoa, mas era como se eu não tivesse escolha.
  –Eu sei Draco, mas pelo menos eu terei morrido com a sensação de que estava fazendo o que era certo. Mas quero que você preste atenção, você irá à próxima reunião do Lorde, e será VOCÊ quem falará por mim. Não quero que faça nenhuma besteira, e eu sei que quando tudo isso acabar você irá saber o que fazer.
    –Narcisa o que você está fazendo é insanidade, você está se entregando ao Lorde das Trevas, não do modo certo, você deveria estar do nosso lado, do lado da sua família. –falou Bella, como que tentando pela última vez.
  –Você sabe que não me convencerá com o seu certo ou errado, Bella.
  –Mas você sabe que Draco não pode ficar sozinho.
  –Quem disse que ele ficará sozinho? Durante o ano letivo ele ficará em Hogwarts, até que a guerra comece, e depois ele já será maior de idade, saberá se cuidar, e supondo que você também esteja viva depois, ele poderá recorrer a vocês, tenho certeza.
  –Claro que poderá, mas mesmo assim Narcisa, deixe sua razão falar mais alto, você está pensando com o órgão errado.
  –Bella, esqueça, ela não vai ceder. –Régulus falou, depois de um bom tempo calado, com a cabeça entre as pernas.
  Draco, percebi, havia se levantado, estava de costas, mas sabia que ele chorava silenciosamente.
  –Bom, acho que vocês nada mais têm a dizer, então eu partirei.
  –Para onde você vai? –Draco virou-se de repente. –Pensei que teria mais um tempo com você.
  –Não posso, a essa hora o Lorde das Trevas já deve ter percebido uma deslealdade, não quero mais trazer problemas para vocês.
 –Você pode se mudar, se esconder.
 –Que importa morar aqui ou lá, quando se descobre que se está sozinho em qualquer lugar?
  E fui andando lentamente até meu filho, olhei-o nos olhos, e o abracei, lágrimas quentes corriam por meu rosto, sussurrei em seu ouvido: “Cuide-se. Amo-te”.
  Aos outros meramente acenei com a cabeça, peguei meu casaco e sai pela porta, para a escuridão da noite.
  Já não nevava mais, mas um vento gelado entrecortava, brincava com mechas soltas do meu cabelo.
  Tudo parecia tão diferente, mas ao mesmo tempo parecia igual, andei pela estrada que levava à minha casa, mas pela última vez, andando em direção contrária ao vento.
  Andei pelo que pareceram horas, até que não podia mais ver a casa, nem mais nada que a rodeasse, continuei andando, indo de estradas à estradas,até que cheguei em um pequeno vilarejo, que a primeira vista, parecia normal, mas logo percebia-se que se tratava de um vilarejo bruxo.
  Parei para um lanche, e logo continuei minha viagem, não sabia para onde estava indo, sabia apenas que ia de encontro com a morte, e que esta logo me encontraria.
  Já era quase manhã, usava minha varinha para iluminar a estrada quando cheguei a um ponto totalmente coberto por uma neve muito branca, mas não foi o que me chamou a atenção, e sim alguns homens mascarados parados alguns metros a frente.
  Era a hora. Eu sentia.
  Fiquei parada esperando, eles ainda não haviam me visto, estavam muito entretidos entre si.
  Queria que acabasse logo, mas ao mesmo tempo não queria chamar a atenção.
  Então um olhou na minha direção e me viu, cutucou os colegas ao lado, apontou para mim, logo os três Comensais da Morte estavam seguindo em direção à mim.
  Fiquei quieta. Quando estavam bem próximos, percebi quem eram Avery, Macnair e Dolohov.
  –Ora, ora, vejamos que temos aqui, achei que teríamos conosco em breve, mas estava enganado, certo? – falou Macnair.
  –Só acabe logo com isso, aposto que o Lorde das Trevas tem mais tarefas sórdidas para vocês três. – respondi, tentando parecer ríspida.
 –Se é assim que você prefere, - e tirou a varinha do bolso – Mas eu prefiro brincar um pouco.
 Avery também pegou sua varinha, e com um simples aceno, lançou uma maldição imperdoável que fez todo meu corpo pegar em chamas, de tanta dor, fui obrigada a curvar-me.
 Logo depois Dolohov lançou um feitiço que fez cortes aparecerem por todo meu corpo, a dor era insuportável, minha mente já não trabalhava mais para tentar ficar consciente ou em pé.;Macnair finalizou com a maldição da morte, seu raio verde iluminou tudo por um segundo, a última coisa que tive consciência, foi de meu sangue vermelho pingando na neve branca, em contraste, vermelho sangue, a cor do amor, a cor da morte. E tudo estava certo, e então a escuridão.
FIM

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